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José Lhomme
Guia Metódico do Experimentador Espírita
Tradutor Caibar Schutel
1959
Os grupos e sua evolução experimental
Organizações das sessões
Controle das manifestações
Vocabulário do estudante espírita
Camille Pissaro
O lugar para treinar em Louveciennes
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Conteúdo Resumido
A obra se baseia em pequenos resumos do Livro dos Médiuns de Allan Kardec, e serve como roteiro de iniciação para os que querem compreender melhor a Doutrina Espírita, sendo que o objetivo deste estudo é mostrar que a teoria espírita não parte de idéias preconcebidas e imaginárias; é fruto de um árduo trabalho de pesquisa das inter-relações entre matéria e Espírito.
Sumário
Prefácio do Tradutor - Cairbar Schutel
Prefácio do Autor - José Lhomme
Primeira Parte
A - Noções Gerais / 06
Segunda Parte
A - Prática das Sessões / 14
B - Evolução do grupo experimental / 15
C - Sessão de efeitos físicos / 16
D - Parte Teórica / 25
E - Sessão Psicológica / 27
F - Sessão de moral e de iniciação espiritual / 38
G - Sessão demonstrativa para vulgarização do Espiritismo / 39
Conclusões / 40
Vocábulo Espírita / 41
Notas de Rodapé / 48
Prefácio do Tradutor
Tem-se notado no nosso país que o de grupos e associações espíritas é muito grande, mas o seu trabalho é muito deficiente, não correspondendo absolutamente aos esforços empregados. A grande maioria desses núcleos, como ninguém poderá contestar, faz obra contraproducente.
Este fato não se pode atribuir senão falta de estudo e método de trabalho, e de outro à opinião preconcebida de espíritas veteranos em afirmar que no Brasil não se poderia esperar a produção de fenômenos tais como os que se têm verificado na Europa, talvez por causa do clima, ou outras circunstâncias que se ignora, por isso os noviços bem como os espíritas já de certo cultivo deveriam se limitar à teoria, e, quando muito, à «cura dos enfermos» e às chamadas «sessões de caridade», onde se doutrinam os espíritos sofredores.
E assim têm os espíritas brasileiros, resumido o seu trabalho, temerosos de pesquisas que no dizer dos sacerdotes das seitas financiadas constituem grandes perigos para a saúde e para a sociedade.
De outro lado à falta de um «Guia Metódico», resumido e bem compreensível tem mantido os espíritas nesse stato quo. O livro dos «Médiuns», ótimo «Guia dos Experimentadores», não deixa de ser um livro transcendente, que não está ao alcance de todas as inteligências. É um livro; que precisa ser estudado e estudado por muito tempo, e não lido ligeiramente, como acontece nos meios espíritas, ainda quando chega a ser lido. Outro livrinho que, procura resumir o «Livro dos Médiuns», mas não satisfaz os desejos dos pesquisadores quanto à parte prática, de fenômenos físicos, é a pequena obra «Médiuns e Mediunidades». Estas considerações nos forçaram a pedir autorização a M. J. Lhomme para apresentar aos experimentadores do nosso pais a sua obrinha, vertida para o vernáculo. Como diz o seu autor, obra não é completa, mas insere sérias referências que forçam os estudiosos compulsar, no caso de ser necessários maiores esclarecimentos, outras obras de valor, como o «Livro dos Médiuns», «No Invisível» e «Ectoplasmia e Clarividência» do Dr. Geley, etc.
Finalmente, estamos convencidos que a obra do ilustrado diretor da «Revue Spirite Belge», o sr. Lhomme, vai prestar bons serviços aos espíritas brasileiros, inspirando-lhes o desejo de obterem fenômenos transcendentes, mais convincentes, sem dúvida do que essas comunicações triviais, senão banais e incongruentes obtidas nos centros, e que sempre fazem fanáticos, em vez de crentes sinceros.
Mais uma vez lembramos aos espíritas patrícios a necessidade do estudo, da pesquisa, da experimentação, como meios de demonstração espírita e do erguimento de uma Fé racional, científica, na Imortalidade.
Oxalá que o «Guia Metódico do Experimentador Espírita» vá concorrer, por certa forma, a levar a Luz nas sociedades espíritas disseminadas no nosso País, ao mesmo tempo que o consolo àqueles que viram desaparecer do seu convívio os seres caros, ansiosos certamente de lhes darem o seu testemunho de sobrevivência.
Cairbar Schutel
Prefácio do Autor
Ao escrever este pequeno trabalho, ó nosso fim foi oferecer aos noviços uma exposição do método espírita cujos elementos foram fornecidos por uma documentação tirada, em grande parte, das obras dos nossos mestres, de um lado, e de uma experiência muito variada e por muito tempo, de outro.
Apresentado sob uma forma sinótica, acreditamos que ele será um indicador útil para o futuro experimentador espírita que nele encontrará o terreno experimental correspondente à sua educação e ao seu caráter.
Em vez de se confinar em suas idéias pessoais, o noviço ficará ciente que em torno dele outros pesquisadores de valor, evoluindo sobre planos diferentes, com métodos adequados, aos seus gêneros de trabalhos e que colaboram com ele na edificação do monumento espiritualista de amanhã.
Certamente, não ignoramos que uma vista passada sobre o conjunto das partes de um todo é forçosamente muito incompleta, mas é ordinariamente suficiente para os estreantes. Muita matéria não lhes permitiria distinguir, aliás, o essencial do acessório.
Entretanto, sérias referências permitirão encontrar rapidamente nas obras de valor os desenvolvimentos que tratam largamente da questão abordada.
De mais, o estudante-espírita encontrará no fim deste opúsculo, um léxico contendo os neologismos comumente empregados, com suas significações, e se possível, seus equivalentes em metapsíquica.
Está bem entendido que as indicações que seguem não dispensam aos experimentadores de consultar as obras novas e se porem por essa forma a par do movimento das idéias no domínio experimental.
J.L.
Primeira Parte
A
Noções Gerais
“Se um cego guia outro cego, ambos cairão no buraco”
Jesus
Diferentes aspectos do Espiritismo
Há três quartos de séculos, o Espiritismo estendeu-se sobre a superfície do globo. Muita gente sem preparo especial, o tem praticado de acordo com a sua compreensão pessoal. Cada povo assinalou-o com o selo do seu caráter étnico e religioso.
Assim nasceram no correr das experiências duas correntes de idéias uma oriunda do positivismo cartesiano, que estabelece a dúvida na base do conhecimento; outra versando muito facilmente na credulidade supersticiosa.
As exagerações dos detratores e dos partidários das doutrinas nascentes, sua falta de prudência para a negação como para a afirmação, surpreendem o espectador imparcial.
Hesitações do estreante, seus insucessos, suas causas
Assim instigada por tendências extremas, o estreante abandona-se ao azar das circunstâncias e não penetra no porquê dos insucessos.
Superioridade intelectual e moral (1)
Seja por parti-pris, seja por ignorância, ele não quer levar, em conta que hordas de espíritos conscientes ou inconscientes, hipócritas e malfeitores falsificam as manifestações, tomando nomes veneráveis, dando informações que confundem, e que esses espíritos não podem ser submetidos senão por uma superioridade intelectual e moral.
Evolução do grupo experimental (2)
O indivíduo geralmente ignora que o seu grupo experimental, uma vez formado, não está isento da lei do progresso, pois que as entidades superiores têm por missão elevar o nível moral da assistência com um ensinamento ocasional e progressivo.
Partidário do mínimo esforço, o indivíduo se compraz ordinariamente no meio em que foi criado.
Dificilmente ele renuncia deixar morrer um passado cheio de lembranças atraentes para abraçar uma carreira nova, árida, mas fecunda em progresso espiritual.
Suas hesitações se traduzem logo nas experiências com resultados contraditórios ou pouco encorajadores, denotando um abandono, mais aparente que real, das forças espirituais que o impeliam há pouco para perseverar na pesquisa da Verdade.
Entretanto as mesmas forças espirituais estão sempre ai velando pelo aperfeiçoamento moral, pela evolução d'aqueles que têm por missão se encaminhar para o Divino.
Seu auxílio, visível deve submeter-se a um juízo. O que tem sido dado atualmente para auxiliar a gravitar nas primeiras esferas da espiritualidade, não pode mais ser outorgado sem originar um abuso, nascido do hábito.
O véu um instante entreaberto, fechou-se para permitir aos ensinamentos produzirem todos os seus frutos.
O experimentador marca seus passos na senda das descobertas. Uma moratória lhe é dada para refletir e tomar iniciativas enérgicas visto caminhar sempre para diante.
Durante esse tempo às inteligências superiores fazem como o jardineiro. Este, de fato, depois de ter cuidado da planta, espera pacientemente o movimento da colheita. Sem aquelas, sem dúvida, ele dá-lhe um zelador, protege-a contra as intempéries, sem, portanto, pô-la ao abrigo contra os aguaceiros próprios da primavera que retardam o seu florescimento, mas banham-na de uma seiva fecundante; ele deixa-a a ação dos ventos impetuosos que o desbastam de seus galhos secos; nada os impede dos raios ardentes que alteram os novos brotos levando à maturidade seus frutos.
Assim, provas e dons espirituais depuram pouco a pouco as almas voltadas para Deus pela prece e a meditação.
"Felizes aqueles que sentindo o vácuo das promessas materiais não endurecem os seus corações e avançam resolutamente para o foco do amor espiritual sem lançar um olhar de pesar sobre o passado.
Pouco a pouco a sua marcha se torna célere. Suas quedas mesmo marcam a aurora de novos renascimentos morais. Seus sofrimentos, em vez de detê-lo, aguilhoam sua vontade.
Pouco a pouco, as nobres entidades se aproximam dele e de novo as vozes celestes que vêm, as vozes celestes, que falam com o auxílio mediúnico.
Assim sob a égide dos conselheiros invisíveis, a consciência humana vai de cimo em cimo à proporção que o eu egoísta faz a sacrifício da sua personalidade gozadora e orgulhosa.
Tal e o caminho daquele que compreendeu o desenvolvimento filosófico e moral das comunicações com o Além.
É assim freqüentemente? Ai! não! Os recém chegados impulsionados para o maravilhoso ou impelidos pelo sofrimento mal tolerado, se lançam para o Desconhecido.
Incrédulos a respeito a tudo que toca o domínio invisível, seu vasto apetite, que explica uma penúria espiritual de numerosos séculos, exige provas imediatas, materiais, de fatos pessoais transcendentes, ruidosos, e sem informações prévias, eles abordam o terreno experimental por um dos seus lados, aí se acantonam, quando não abandonam a parte, por falta de resultados palpáveis.
Imprecisão do método adotado
Assim nascem de lado a lado diferentes centros de estudos não tendo de comum o desejo legitimo de saber, mas separados por praticas empíricas formando separações infranqueáveis.
Conseqüências
Cada qual falando a linguagem que lhe é própria estabelece uma certa deficiência de relações entre os pesquisadores da Verdade cuja palavra de ordem deveria ser, entretanto, e antes de tudo Fraternidade.
Este estado de coisas provém ainda da falta de compreensão do papel de cada grupo experimental na vasta esfera da renovação espiritual.
Fatalmente, a falta de união, amalgama as engrenagens duma vasta organização, destinada no plano primordial a se justapor e a se mover sem espécie alguma de fricção.
Necessidade de um método geral
Para evitar esse perigo que desagrega as construções mais sólidas, nós pensamos em ser útil dando uma indicação entre as partes principais da experimentação, nas quais o noviço poderá, em resumo sugestivo, aproveitar a evolução ascensional que deverás percorrer e compenetrar no método adequado ao gênero de sessões que se propõe a efetuar.
Escola de médiuns. Sua seleção (3)
Além; de um certo saber relativo que esclarece a pureza das intenções, é ainda necessário encontrar um bom instrumento mediúnico.
Em sua precipitação, os experimentadores negligenciam esse lado elementar, e se provém de elementos, de sensitivos cuja formação empírica e produções imperfeitas não correspondem as mais das vezes às suas aspirações.
De outro lado, com pesquisadores pouco experimentados, inúmeros são os médiuns inapreciados, contrariados e abandonados às suas próprias luzes: Admiram-se então que médiuns-evoluídos moralmente se tornem crentes e vejam as suas faculdades diminuírem.
Também acontece por vozes ver-se médiuns escolhidos, mal guiados, médiuns esses cujas faculdades em estado embrionário, pode-se dizer, e já com renome, mas sem valor demonstrativo algum.
As mais das vezes, essas unidades mal dirigidas se tornam receptáculos, inconscientes de forças obscuras invisíveis e reclamam uma educação moralizadora e os cuidados particulares de um médium curador magnetizador.
E então numa espécie de escola de médiuns que se opera a seleção dos elementos mediúnicos, que se especializarão em seguida como médiuns de efeitos físicos ou de efeitos intelectuais.
Os primeiros se tornarão, depois de longos e pacientes esforços: médiuns fotógrafos, médiuns tiptológicos, médiuns de materializações: médiuns de vozes diretas, médiuns de «apports»; os segundos serão psicógrafos (escreventes), videntes, clarividentes, oradores, médiuns de encarnação (incorporação), sonâmbulos, etc.
Em geral, esta especialização depende primeiramente da evolução moral e do estado psicológico do médium (hereditariedade), de suas aspirações íntimas e da natureza do guia encarregado de sua utilização.
Ele se revelará pelas constatações experimentais esclarecidas por revelações obtidas por início de um médium colaborador, bem assistido e que assegurará a aliança com os guias invisíveis.
Desenvolvimento dos médiuns (4)
O desenvolvimento dos médiuns pode ser natural, espontâneo, magnético.
A cultura do médium deve ser natural, e exercitar-se pela prece, a meditação, a vida de abnegação.
Os resultados são, então, lentos para se obter, mas duma natureza superior.
O desenvolvimento brusco (5) dum indivíduo provém muitas vezes duma mudança fisiológica e reveste, como se diz o Dr. Gustave Geley, um caráter «catastrófico».
Este abalo do corpo humano pode ter uma causa física, mas provém às mais das vezes da intrusão lenta de forças astrais inferiores.
Estas, sem que se duvide, aclaram o terreno mediúnico, e com a sua retirada em conseqüência de uma moralização aliada à persistência e aos cuidados magnéticos, deixam o campo livre às inteligências mais elevadas na hierarquia espiritual.
O desenvolvimento do médium por excitação magnética (6) dum magnetizador não pode ser tolerado senão segundo o aviso do guia da sessão e no começo do desenvolvimento. Repetida muitas vezes essa magnetização constituem um entrave para as manifestações espíritas criando um estado de «rapport» (relação) entre o sujet e seu magnetizador, criador inconsciente de fenômenos ilusórios de fonte a anímica.
Em suma, a escola de médiuns tem por missão constatar o desenvolvimento da mediunidade e de dirigi-la por um controle sério e apropriado.
Ordem das manifestações (7)
Com um médium de condição ordinária e de boa vontade, as manifestações psíquicas seguem ordinariamente a progressão seguinte:
1. O automatismo psicológico e muscular (desenhos e sons articulados desprovidos de sentido, movimento mecânico) que é ordinariamente de curta duração com uma pessoa sensitiva.
2. As primeiras manifestações inteligentes são muitas vezes de ordem inferior e provém das forças conscientes ou inconscientes que formam o ambiente do aluno-médium. (8)
Convém depurar esse ambiente (9) pela moralização das inteligências, que deve ser de muito longa duração. Em caso da obstinação, deve-se libertar o «sujet» pela ação da vontade, passes magnéticos transversais (polaridade do corpo humano) e o sopro frio nos olhos.
O médium deve, por sua parte, se esforçar para ter uma vida pura e caridosa.
Em caso de obsessão, abster-se da mediunidade e seguir uma vida moral.
Observações: A mediunidade será pois, sem perigo para as pessoas humildes e ativamente boas não envoltas dum simples verniz dado pela educação.
3. - O médium consumado é aquele que, fora de toda a informação sensorial, dá provas da intervenção de inteligências estranhas. Ordinariamente o médium formado obteve, por sua aplicação, a colaboração de um guia sincero e esclarecido. (10)
Em resumo, o bom êxito dependerá duma colaboração estreita, sincera e confiante do diretor de sessão e de seus auxiliares, da paciência de cada um, de sua coragem, do seu valor moral aliado a um espírito crítico inteligente e uma grande firmeza de caráter.
Em uma atmosfera assim simpática os resultados serão certos, os médiuns verão sua faculdade embelezar-se é cada um poderá se iniciar na prática das sessões.
Segunda Parte
A
Prática das Sessões
Os grupos experimentais podem se dividir em três espécies segundo o fim a que se propuserem: Cada um comporta. Inevitavelmente os três graus: físico, intelectual e moral, mas reveste o caráter do grau predominante. Seja qual for o móvel que anima o experimentador, cada sessão, nos três domínios, tem um grande valor, trazendo cada uma certa soma de conhecimentos deduzidos dá experimentação, com a condição que esta haja sido feita desinteressadamente, metódica, com um desejo sincero de projetar alguma luz sobre o problema do ser de seu destino, com exclusão de todo o preconceito filosófico.
Todo o trabalho é, então, digno de interesse e tem direito ao respeito de todos os participes da Grande Verdade, para se afirmar que tem necessidade da sabedoria e da tolerância de todos os seus defensores.
Assim nos, três planos: físico, intelectual e moral, os pesquisadores elaboram, pedra por pedra, o novo edifício espiritualista, admirável síntese de ensinamentos decorrentes das descobertas humanas no mundo psíquico, realizadas com a colaboração dos grandes invisíveis.
Diante deles, se acham os que traçam com uma linha brilhante a espiral que percorre lentamente a evolução humana para a Perfeição, erguendo sem cessar os desfalecidos e suscitando novos pioneiros.
B
Evolução do grupo experimental
O experimentador que aborda pela primeira vez o invisível quer se assegurar, antes de tudo, da realidade objetiva das inteligências que se manifestam e pesquisa as manifestações físicas caracterizadas; nada é mais legítimo em nossa época de desordem moral.
Pouco a pouco ele se convence e reconhece as inteligências diretrizes dos fenômenos. Assim, sem que duvide, a sessão torna-se psicológica; aí impera a diversidade de influências quanto à sua natureza e suas capacidades, e daí a inteligência do médium; e dos espíritos inferiores até às entidades morais e superiores. Graças a um bom médium de encorporação, sua convicção se fará bem pressa. Ele verá que o mundo invisível semelhante ao nosso, com suas sombras e suas luzes.
As contradições e malignidades de certas inteligências pouco evoluídas, as consolações, assim como a boa vontade de outros, os aproximarão destes, que elevarão, pouco a pouco, para ele, um canto do derradeiro véu que esconde um dos mais maravilhosos aspectos do Universo a vida no Além.
As leis que regem, suas relações com a vida terrestre constituirão as preocupações do experimentador, que abandonará progressivamente a identificação material (personalidade terrestre) para unir-se à identificação psicológica e moral (natureza do espírito, seu grau de evolução espiritual) que a iniciará progressivamente na vida superior. (Sessão moral)
C
1. - Sessão de efeitos físicos
1. - Inicio da sessão (11)
a) Atestar a presença do Espírito duma maneira tangível facilmente controlável;
b) Provar a ação do espírito sobre a matéria.
2. - Objetos Usuais
a) mesa:
De três ou quatro pés, de dimensões reduzidas, para as primeiras manifestações de levitação. Ela permite uma instalação fácil aos experimentadores, cuja força psíquica se une à do médium insuficiente.
b) O gabinete mediúnico:
Em lugar reservado no ângulo duma sala e separado dos assistentes por um tecido flexível e de cor escura suspenso a um triângulo por anéis. Este gabinete tem por fim proteger o médium contra as luzes exteriores.
3. - Preparo das salas de sessões
Procurar uma sala onde não possa haver suposições de fraudes. Fechamento hermético das janelas e das portas - Vidros opacos. - Cadeira de braços (poltrona) confortável para o médium. - Aparelhos fotográficos.
4. - O Médium
a) Definição:
O médium de efeitos físicos é uma pessoa cujo organismo permite, sob certas condições, a exteriorização do fluido vital duma maneira visível ou invisível. Este fluido é essencialmente magnético.
b) Designação: (12)
1. A designação do médium resulta duma primeira prova simples (ordinariamente sessão de mesa), ou a entidade diretora do fenômeno designa-a ou as pessoas da assistência que poderão preencher esse cargo.
2. Esta designação pode também se efetuar em seguida duma constatação de fenômenos espontâneos que não se produzem senão na presença de uma pessoa, sempre a mesma.
3. Designação antecipada pelo guia dum médium desenvolvido, durante uma sessão psicológica.
5. - Acondicionamento da sessão
a) Número dos assistentes
Os experimentadores espíritas e não espíritas estão de acordo em afirmar que o número de assistentes deve ser limitado, reduzi-lo de 6 a 10 pessoas.
A harmonia dos pensamentos é muito difícil de se realizar em uma reunião numerosa.
b) Numero de médiuns (13)
Um só médium de efeitos físicos é ordinariamente necessário.
A assistência de médiuns auditivos ou videntes pode prestar grandes serviços.
c) Iluminação (14)
1. Os fenômenos pouco importantes (levitações, golpes batidos) podem ordinariamente se efetuar à luz do dia atenuada.
2. A experiência prova, entretanto, que a luz branca tem um poder actínico pronunciado e é, por esse motivo, destruidora da força psíquica.
Ela foi substituída pela luz vermelha (lâmpada de fotografia).
3. Melhor do que esta é a luz fria produzida por «écrans» (palitos luminosos) de cartão cobertos com um preparo de sulfureto de zinco ou de calcium e antecipadamente expostos à luz solar ou à do magnezium em combustão.
4. - A Luz Lunar
5. A luz viva é inactínica. Virtualmente, ela é sem efeito sobre as formações mediúnicas. É oriunda de certos animais, vegetais e micróbios. Nós a indicamos a título documentário.
Nota. O emprego da luz ordinária do dia é possível depois de um exercício anterior e prolongado do médium.
d) A temperatura
Esta deve se regular segundo as indicações do médium, mais ou menos sensível à sua ação.
e) Estado higrométrico da atmosfera (15)
Certos experimentadores julgam que o vapor d’água em suspensão no ar permite uma dispersão fácil de forças físicas (por analogia com dispersão do fluido elétrico).
f) O Silêncio
A ausência de todo barulho permite uma concentração mais fácil do pensamento no começo da sessão.
g) Estado de espírito do médium e dos assistentes
A intensidade dos fenômenos sendo essencialmente variável segundo o estado de espírito do médium e dos assistentes deve-se recomendar rodear-se, sem se abster de uma certa dose de espírito critico não aparente, mas real, dum ambiente favorável assinalado pela mais franca simpatia.
Daí a necessidade de unir-se a colaboradores sérios cuja pureza de intenção seja indiscutível.
Uma atitude hostil seria ultrajante para um médium honrado e causaria enfraquecimento do fenômeno visto a agitação emocional provocada no médium.
Adotar uma atitude contrária à boa marcha da sessão seria entregar, o «sujet» às forças ocultas mistificadoras ou francamente perversas.
Demais, é bom notar que o médium é por essência muito sugestível e que o pensamento dos assistentes pode perturbar as manifestações, desorientá-las e influenciar desfavoravelmente o «sujet».
Com o fim de neutralizar os pensamentos, em certos grupos solicita-se a prece, que é mais um apelo telepático às forças superiores.
h) Papel da vontade (16)
No médium: A vontade do médium secunda os espíritos na impulsão dada aos fluídos.
Nos assistentes: A vontade dos assistentes deve se traduzir por um apelo intenso às forças espirituais superiores, e não por um vivo desejo de obter uma manifestação pessoal, o que poderia, visto a falta de harmonia criada por este estado mental, paralisar as manifestações.
i) Estado de saúde do médium (17)
6. - A marcha da sessão (18)
a) Instalação do médium e dos assistentes.
b) Leitura da ata anterior.
c) Preces ou recolhimento.
d) Recomendações à entidade diretora.
Seja por golpes batidos na mesa, em um móvel ou na parede;
Seja por um médium escrevente;
Seja por um médium falante;
Seja por vozes diretas (espírito materializado)
e) Observação dos fenômenos
f) Despertar o médium
1. Despertar espontâneo provocado pela retirada do espírito.
2. Despertar provocado. (Sopro frio nos olhos, ação da vontade com passes magnéticos transversais na cabeça - e no peito).
g) Redação provisória da Ata. Assinatura.
7. - Gradação dos fenômenos a obter
1.ª Categoria: (19) «Raps» - Materialização fluídica visível para os videntes - luminosidades azuis movimento de objetos com ligeiro contato de mãos.
2.ª Categoria: (20) Levitação de objetos sem contato - escrita direta (pedaços de lápis colocados entre duas ardósias seladas) -vozes diretas (sem recurso do emprego dos órgãos vocais do médium).
3.ª Categoria: (21) Materialização parcial e visível de corpo humano - materialização visível e total do corpo humano -desmaterialização e «apports» de objetos.
8 - O Controle
Nada podendo presumir das influências ocultas que o farão agir durante o transe (pensamentos dos assistentes, sugestões de espíritos mistificadores, desejo inconsciente dê reduzir o esforço) e o incitarão à fraude inconsciente, o médium deve, em vez de se mostrar ofuscado com as medidas de «controle», reclamá-las afim de salvaguardar a sua honestidade ao abrigo de toda suposição nos casos duvidosos.
De todos os modos, os experimentadores sob os únicos responsáveis (22) por toda a fraude consciente ou inconsciente da parte do médium ou dos assistentes, pois que, a ineficácia das medidas de «controle» (fiscalização) sublinha sua incompetência.
O «controle» deve ser inteligente, condescendente, racional.
Ele é progressivo (23) o que quer dizer que conveniente, se se quer chegar a um resultado prático, a fim de se permitir desenvolver as manifestações em vez de paralisá-las desde o começo por exigências intempestivas, e prematuras.
Para ser completo, o «controle» não deverá se limitar ao médium unicamente, mas se estender aos assistentes, sem esquecer o exame do local e os objetos ai colocados.
«Controle» do médium (24)
Controle simples:
1. Exame das roupas.
2. Prisão das mãos e pés dos experimentadores colocados sobre os pés do médium e mãos.
3. Aplicações de faixas de tecidos fosforescentes sobre os membros do médium.
4. Ligadura do médium, (não é preciso recomendar).
5. Fotografia.
«Controles instrumental» (para empregar exclusivamente em uma sessão cientifica de demonstração)
1. Emprego, depois do «controle», do aparelho fotográfico ordinário, aberto durante a sessão e fechado depois da combustão de magnesium.
2. Emprego do aparelho estereoscópio.
3. Emprego da corrente elétrica (ver descrição do aparelho elétrico do Dr. Scherenck-Notzing). (25)
4. Emprego de uma balança sensível que indicará a dispersão do peso do médium durante a manifestação, do manômetro, da caixa com grade metálica, fios de corda, etc.
5. Moldagem dos membros materializados; com parafina derretida num balde d’água quente. (26)
6. Moldagens em gesso ou em pó de negro fumo, etc.
Para uma sessão científica o experimentador deve poder provar que nenhum aparelho (ou nenhuma substância) pode ser substituído ao que fora examinado antes da sessão, (Aposição de uma assinatura, coloração especial, etc.)
Controle do local (27)
Todas as portas e janelas devem ser seladas. Controle das paredes e dos quadros. Exame do mobiliário. Sendo preciso, por suspeita ou falta de controle, um experimentador poderá pedir uma sessão experimental num outro local. O médium poderá pedir a aplicação do mesmo controle como medida de garantia.
Controle dos assistentes
A fim de se prevenir contra toda acusação de compadresco, ou toda a mistificação da parte de qualquer assistente mal intencionado, o médium tem também o direito e mesmo o dever de solicitar, à seu turno, o controle da assistência:
1. Fazer corrente durante todo o tempo da sessão.
2. Os assistentes serão ligados por uma corrente fechada a cadeado. (28)
3. Emprego de corrente elétrica,
4. Emprego de sinais fosforescentes ligados às vestimentas.
Condições desfavoráveis para a obtenção dos fenômenos (29)
Físicas:
1. Falta de conforto para o médium (temperatura, cadeira).
2. Uma indisposição do médium.
3. O cansaço, o esgotamento nervoso abuso das sessões, uso imoderado do álcool, etc. (Ver condição para a sessão).
Psicológicos:
1. Depressão moral do médium.
2. Fala de passividade mental dos experimentadores.
3. Atitude de desconfiança destes, etc.
Nomenclatura das matérias e relação dos objetos empregados em uma sessão ordinária
1. «Ecrans» (palitos) fosforescentes.
2. baixas de gazes fosforescentes.
3. Fitas de magnesium (30)
4. Papel, lápis, ardósias, etc.
D
Parte Teórica
Os fenômenos físicos provam:
a) Que o médium pode exteriorizar um fluido ou matéria fluídica viva. (ectoplasma). (31)
b) Que a vontade de uma inteligência pode modelar esta matéria. (materialização). (32)
c) Na maior parte dos casos, as inteligências diretoras dos fenômenos se dizem ser espíritos de pessoas que aqui viveram, desencarnados: e se fazem reconhecer. (Materialização parcial ou completa). (33)
d) Graças ao fluido mediúnico, a inteligência pode desassociar e reconstituir a matéria. (Desmaterialização e rematerialização de objetos; fenômenos de «apporte»). (34)
e) Os pensamentos da assistência tem uma repercussão na intensidade do fenômeno. (35) A passividade mental da assistência é então solicitada.
f) O fenômeno pode vir a ser luminoso (fosforescente.) (36)
l. Principais Objeções
1. Há mistificação da parte do médium ou dos compadres. (Ver resposta nª 2)
2. Há alucinação dos assistentes (37)
Resposta: O controle instrumental resolve categoricamente estas duas alegações.
3. Os golpes batidos (raps) têm sua origem em uma corrente elétrica ou magnética. (38)
Resposta: Isto seria verdade se os golpes nenhuma prova dessem de inteligência.
4. Os fenômenos são produzidos pelos pensamentos dos assistentes. (39)
Resposta: Neste caso todos os assistentes deveriam ter o mesmo pensamento elaborados estes ao mesmo tempo, o que é praticamente impossível.
5. Ação do pensamento subconsciente do médium, se instruindo por meio da leitura de pensamentos (comunicações mentais) (40)
Resposta: Esta objeção é incompatível com os fatos, pois que, certas revelações eram totalmente ignoradas nesse momento pelos assistentes ou estavam oposição formal com seus pensamentos.
6. O espírito do médium sabe tudo e tudo pode (onisciência e onipotência) quando fica em contato com o plano do pensamento transcendental. (41)
Resposta: Esta suposição não permitiria à personalidade mediúnica cometer erros, esquecimentos, chegar mesmo a ignorar a sua verdadeira identidade de espírito humano desencarnado ou espírito do médium.
7. Os fenômenos são produzidos pelo demônio. (42)
Resposta: Que pensareis dum pai de família que deixasse seu, filho a mercê de exemplos e conselhos perniciosos e separasse, dele as pessoas que o livrassem do mal.
Isto que um bom pai não faria, deve-se pensar que Deus, que é a bondade por excelência, faça o que os homens não fazem?
Este pensamento seria sacrílego (A.K.)
E
11 - Sessão Psicológica
1 - Inicio:
1. Reunir as provas materiais e intelectuais de identidade da entidade espiritual.
2. Instruir-se do seu estado quando sua sinceridade e claramente demonstrada no correr das manifestações.
3. Tirar conclusões filosóficas.
4. Levar auxilio aos sofredores por meio de conselhos e de preces.
5. Receber os conselhos morais da entidade diretora.
2 - Os Médiuns: (43)
O médium de efeitos intelectuais é uma pessoa, cujo perispirito exteriorizado recebe mensagens sob forma de clichês telepáticos ou que os centros nervosos estão de acordo com uma entidade estranha.
Espécies:
1. Médiuns psicógrafos (escreventes: com ou sem prancheta.)
2. Médiuns falantes.
3. Médiuns de incorporação (neste caso, o estado inconsciente e mais ou menos pronunciado).
4. Médiuns videntes.
5. Médiuns clarividentes, cuja lucidez pode exercer-se no passado, presente e futuro.
6. Sonâmbulo natural (há então exteriorização do perispirito), etc.
3. Preparativos da sessão
a) Número dos assistentes: não deve ser ilimitado. (44)
Com o fim de obter a mais perfeita harmonia de pensamentos e a simpatia mútua entre os assistentes, convém não admitir senão um número restrito de pessoas e cada vez uma ou duas, com aprovação da entidade diretora da sessão.
Em caso de muitos pedidos, pode-se então constituir um segundo grupo, pondo sob sua direção um experimentador instruído e prático dos trabalhos da sessão. Este novo grupo seria, em todo o caso um grupo de desenvolvimento de médiuns com a colaboração de um médium desenvolvido.
b) Número dos médiuns. Todos os assistentes podem ser médiuns de diversos títulos.
c) Clarividência ordinária, mas tamisada a penumbra é propícia ao recolhimento.
d) Temperatura. (Ver sessão de efeitos físicos).
e) Estado higrométrico da atmosfera.
(Ver sessão de efeitos físicos).
f) Atitude observada pelos assistentes.
(Ver sessão de efeitos físicos).
g) Papel que representa a vontade. (Idem).
h) Saúde do Médium. (Idem).
i) Influência do meio. (45)
4 - Marcha da Sessão (46)
Antes:
1. Leitura da ata da sessão anterior com comentários.
2. Leitura moral: por 1/4 de hora.
Vantagens: proporciona calma ao pensamento - Formação de ambiente (pensamentos elevados e simpáticos).
Concentração:
1. Prece: (47) Ato de humildade e apelo telepático às forças superiores. Sendo isto em breve espaço de tempo, a fim de que a atenção seja mais concentrada e maior o seu efeito.
O bom ambiente é mantido durante a sessão, não por uma prece repetida muitas vezes, mas pela meditação tranqüila e mental duma moralização geral.
2. Comunicação da entidade diretora (guia). Esta entidade deve antecipadamente ter dado provas de elevação moral e de clarividência espiritual durante as sessões de formação, do grupo.
De ordinário, em razão da afinidade fluídica, intelectual e moral, a entidade diretora tem sempre preferência por um médium ou outro.
3. Comunicações diversas e espontâneas obtidas por diversos médiuns, permitidas e dirigidas pelos guias espirituais.
Não tolerar a algazarra e a confusão provenientes de comunicações numerosas e ruidosas.
O contrário seria tolerar a intrusão de forças perturbadoras e lançar o descrédito no Espiritismo.
É conveniente permitir uma manifestação cada vez, o que é possível com médiuns educados e em uma sessão com boa assistência espiritual.
4. Controle e por vezes moralização. (Ver mais adiante).
5. Prece.
Depois:
Leitura das comunicações e primeiros comentários sugeridos sobre seu conteúdo. Provas obtidas.
5. Duração da Sessão:
1 1/2 a 2 horas no máximo. Passado esse tempo os assistentes sentem-se fatigados, o contato espiritual se relaxa e as manifestações se alteram.
6. Controle da identidade do espírito
1. - Controle da sua personalidade terrestre (48)
Indicações fornecidas pelo Espírito
A. Indicações dadas espontaneamente: Aceita a título de informações, a sinceridade do espírito pode ser posta em dúvida no curso de uma conversação com ele.
B. Indicações solicitadas: Aqui é necessário fazer uma distinção que tem sua importância:
Primeiro caso: O espírito que se apresenta não tem consciência do seu estado real.
A perturbação física que segue imediatamente à morte não está ainda dissipado. Neste momento, não se pode obter indicação alguma de importância; o médium ressente-se de dores que precederam à morte.
Por vezes, a perturbação física cessa para dar lugar, a perturbação mental e moral; os sinais de sinceridade do espírito que procura o caminho a seguir são muito difíceis de simular e prometem manifestações ulteriores cheias de interesse (moralização do espírito).
Segundo caso: O espírito conhece seu estado.
a) Ele é pouco evoluído. Suas materializações são de ordem inferior. Todo o ensaio de identificação terrestre não pode ser tentado senão depois de uma moralização esclarecida, adequada à natureza do espírito.
E raro, entretanto, que se obtenha bons resultados, porque é justamente quando o espírito vê mais claramente sua situação que é confundido e cai toda a identificação.
b) O espírito tem um certo grau de evolução.
Se a manifestação se dá logo após a desencarnação, as indicações são muitas vezes decisivas e se obtém rapidamente.
As revelações podem se ressentir de alterações produzidas por uma dificuldade muito grande existente durante a transmissão das mensagens (causada por falta de passividade do médium - med. imaginativo), por falta de afinidade moral ou intelectual, etc. (ver preparativo da sessão).
A fim de não desanimar sobre os reais esforços empreendidos por nossos amigos invisíveis e bom lhes dar crédito e reservar, cada um, seu julgamento para uma sessão ulterior.
Para evitar as mistificações, sem possíveis, o espaço de tempo combinado não deve ser excessivo, se o médium esta realmente na altura da sua tarefa.
Em Principio, as melhores provas de identidade se obtém quando um laço fluídico ou simpático estabelece a união do consultante com espírito (estado de relação).
II. - Controle de Elevação Espiritual do Espírito (49)
a) Indicações fornecidas pelo Espírito:
Pode acontecer que o comunicante seja muito evoluído no plano espiritual, e não tenha, muitas vezes, se recordado, das lembranças entristecedoras de sua existência terrestre.
Convém, então, não exigir esse trabalho penoso e se limitar a um exame de elevação - espiritual da entidade.
Este, de fato, não deve jamais se eximir de uma certa nobreza de caráter, se resumirá em bons conselhos, auxiliará a cura dos doentes para o que será solicitado; sua sabedoria e sua clarividência se exercerão em toda a ocasião: ela estenderá seu auxilio espiritual e fluídico a todos os desgraçados, em uma palavra, ela fará irradiar, seu amor sobre todos os seus protegidos, os esclarecerá com um ensinamento espiritual, tolerando as mudanças para mais curtas estradas.
Em resumo, os espíritos evoluídos devem ser primeiro que tudo clarividentes e em seguida lúcidos.
É, sobretudo no desenvolvimento dos médiuns que é preciso controlar severamente as entidades, a fim de eliminar as que, sob uma aparência de bonomia e de boa vontade, monopolizam os médiuns os fascinam lisonjeando-os a fim de fazer deles instrumentos dóceis e de os prejudicar mais facilmente.
Um espírito evoluído nunca impõe a sua opinião. Respeitando vosso livre arbítrio, ele cede de boa vontade seu lugar a outros espíritos que desejam se comunicar.
b) Indicações fornecidas pelo guia da sessão. (50)
Este sempre dá algumas indicações que esclarecem o chefe do grupo. Este último dirige e instrui seus auxiliares sempre que há manifestações espontâneas por vários médiuns.
Papel que representam o guia e os espíritos protetores
1) Velar pela segurança dos médiuns.
2) Instruir o chefe do grupo deixando-o exercer seu livre arbítrio e o da entidade.
c) Indicações fornecidas pelo médium. (1)
Sensações sentidas no começo e durante a manifestação
Longe de ser um instrumento passivo, o médium não deve se entregar a uma força que ele sente hostil ou perversa senão depois da indicação do guia, com o fim de se reservar para os sofredores que pedem assistência e os espíritos intencionados. É com este fim que ele deve exercer a sua sensibilidade.
Visões: Durante a mensagem o médium percebe às vezes um clichê que revela a entidade que o influencia.
Sensações e visões devem ser comunicadas ao chefe do grupo sempre que o médium possa fazê-lo.
d) Controle do vidente. Antes de prestar seu serviço ao controle o vidente precisa ser estudado de perto com o fim de determinar a sua faculdade.
As visões podem resultar da percepção: a) de clichês verídicos transmitidos, às vezes, pelos encarnados, mas às mais das vezes pelos invisíveis; - b) de uma alucinação provocada pelo vidente muito imaginativo, ou uma falsa visão provocada por forças inferiores que formam seu ambiente ou simplesmente os assistentes.
Em todos os casos convém mais se armar de uma boa lógica do que de indicações dum vidente em qualquer desenvolvimento que assiste ocasionalmente a uma sessão.
O vidente bem controlado por um guia pode prestar os melhores serviços.
Os vários videntes devem descrever suas visões em cadernos especiais, para comparação.
e) Controle do clarividente
É incontestável que um «sujet» clarividente duma certa estabilidade é de grande de utilidade.
III - Controle dos Ensinamentos (51)
Até aqui nós temos tentado estabelecer a identidade terrestre e espiritual espírito.
Agora, convém estudar as revelações que eles nos transmitem.
É preciso notar, entretanto, que a evolução para a perfeição se estende ao infinito, cada espírito não possui senão uma parcela de verdade, muitas vezes envolta numa multidão de erros, devido à sua ignorância relativa sobre tudo o que não está na sua alçada e então todo o ser está voltado para este ponto especial.
As deformações provindas das idéias particulares do médium devem-se evitar. (52)
Por isso não convém aceitar senão sob reserva tudo o que não é ensinado por todas as entidades colocadas provavelmente no mesmo plano de evolução moral.
Um novo ensinamento não deve ser aceito senão depois de ter sido confirmado por numerosas mensagens obtidas em meios diferentes, durante um período de tempo bastante longo e depois do controle da identidade espiritual dos espíritos instrutores.
A discussão crítica (53) duma nova revelação provoca uma reação no mundo espiritual e a demora para a sua recepção no plano terrestre favorece a eliminação das alterações da imaginação e contribui para torná-la mais esclarecida.
Em princípio, será lógico não adotar um novo ensinamento senão se for ele conforme a lei do amor e depois que as revelações que fizerem dele menção forem submetidas a analise comparada.
Papel dos médiuns nas comunicações espíritas.
No estudo das comunicações mediúnicas é preciso sempre ter em conta que em si mesmas trazem elas muitas vezes um caráter peculiar da forma pessoal para cada médium. Por isso é que se recomenda prestar atenção; sobre o fundo antes, do que sobre a forma das mensagens.
Conselhos
a) Aos experimentadores (54)
1. Serem assíduos.
2. O desejo de obter a todo preço imediatamente provas tangíveis ou de ensinos sensacionais os torna responsáveis pelas mistificações e desânimo dos médiuns.
3. Para ser aceito um novo assistente deve ter algumas noções teóricas sobre o Animismo e o Espiritismo.
4. Toda a sessão, como toda a organização que se respeita, deve ter uma base moral (solidez de organização) um fim humanitário (justificação da sua existência) e ser dirigida com inteligência (proteção aos médiuns contra a obsessão e resultados tangíveis).
5. Abster-se de evocações imperativas, a fim de não prejudicar a evolução espiritual do espírito chamado muito ardentemente à terra. (55)
b) Aos médiuns:
1. Estes não devem, sem necessidade urgente, mudar de grupo, pois que o chefe do grupo deve tanto quanto possível, para não perder tempo, conhecer o passado mediúnico do novo «sujet». De mais, arrisca-se ficar desorientado, de perder toda a confiança e de ver o desenvolvimento da sua mediunidade sofrer um atraso apreciável.
2. O recém-chegado habituado a outros métodos, sempre é um elemento de perturbação, nas sessões a que se agregou.
3. Sob um pretexto caridoso, o médium não deve monopolizar a recepção das entidades inferiores (56) há nisso o perigo das más companhias. As influências inferiores reforçam as taras morais do indivíduo e seus fluidos impuros alteram os órgãos dos médiuns presunçosos que se crêem bastante fortes para recebê-los.
O bom médium é aquele que é bem dócil para receber toda a espécie de entidade, deixando a predominância às entidades elevadas.
c) Aos doutrinadores:
1. Fazer solicitações ao espírito sem obrigá-lo.
2. A melhor doutrinação é a que se apóia numa comiseração afetuosa, numa simpatia vibrante.
3. O espírito sincero pede esclarecimento.
4. O doutrinador deve dar prova de lógica e de firmeza.
5. Respeitar o anonimato quando a boa vontade e a sinceridade são manifestas.
6. Confrontar de tempos, em tempos às indicações dos diversos médiuns.
Os grupos públicos (57)
Estes têm por fim divulgar, o Espiritismo, mas o renovamento contínuo dos assistentes perturba o ambiente propício às manifestações superiores, esgota os médiuns com pura perda, traz muitas desilusões aos noviços, estabelece a desorganização, senão a dissolução do grupo. (58)
Este estado de coisas é contrário a uma sã compreensão da propaganda espírita que deve ficar isenta de todo o descrédito.
Uma sessão, mal orientada desvia as pessoas sérias, desejosas de efetuar o primeiro contato com o mundo espiritual.
Vale mais um grupo de dez pessoas que um grupo reunindo grande número de assistentes. (60)
A propaganda se faz mais utilmente por meio de sessões de demonstração com sujets clarividentes ou oradores destinados para este trabalho. (61)
Parte Teórica (62)
As sessões psicológicas permitem estabelecer:
1. A dualidade do ser humano (corpo e alma).
2. As faculdades da alma.
3. A Sobrevivência do Espírito e a perpetuidade de individualidade.
4. A existência do Mundo Espiritual.
5. A sanção da lei moral aplicada a todos os seres.
6. A Vida espiritual: diferentes ordens de espíritos seu estado, suas ocupações, suas evoluções progressivas, as transformações da personalidade.
7. A intervenção dos espíritos no mundo corporal,
8. As leis universais: lei da afinidade, lei do trabalho, lei do auxilio mútuo, lei de conservação, lei de reprodução, resumidos na Lei do Amor.
9. O fim da encarnação terrestre.
F
III. - Sessão de moral e de iniciação espiritual
Pouco a pouco, os membros duma sessão psicológica adquirirão uma convicção sólida na realidade dos fenômenos espíritas.
A pesquisa da identidade terrestre não é então mais imperativa. As aspirações espirituais se avivam e se robustecem por preparo intelectual e moral mais profundo. Elas se manifestam por uma ação caridosa sob todas as suas formas.
A faculdade dos médiuns se aperfeiçoa, o que os torna mais sensíveis às comunicações superiores.
Nessa ocasião, o controle da identidade terrestre (aparência física, fatos da vida diária) deverá ceder ao controle da elevação espiritual (63) (moralidade) de espírito e dos ensinos recebidos.
Respondendo ao desejo de se instruir, este gênero de sessão autoriza mais facilmente, se o nível intelectual da assistência o permite, a discussão filosófica e dá a faculdade de empreender trabalhos de grande envergadura.
Um certo lugar deve mesmo reservado aos espíritos que tem necessidade do nosso auxílio.
O contraste das manifestações é por vezes altamente significativo.
G
IV - Sessão demonstrativa para vulgarização do Espiritismo
Escopo:
Provar a realidade do fenômeno psíquico e espírita e estimular o público para o estudo teórico e experimental das manifestações supranormais.
Organização:
1. Preparação do público por uma conferência científica e moral a respeito do Espiritismo.
2. Recolhimento da prece.
3. Conferência mediúnica por um médium orador ou demonstração pela clarividência.
4. Recolhimento.
5. Ligeiros comentários a respeito dos resultados obtidos.
Temas de palestras:
a) O Espiritismo e seu desenvolvimento providencial.
b) A alma e suas faculdades supranormais.
c) As provas da sobrevivência: objeções e respostas.
d) A Vida espiritual.
e) As revelações aos encarnados: filosofia.
f) O fim da vida terrestre; a evolução; a reencarnação dos seres imperfeitos; as provas, etc...
Conclusões
Como se vê, o método espírita é positivo e exige a análise comparada das mensagens para assinalar os desvios e os pontos de contato, para determinar as leis espirituais que limitam a ação do ser humano; ele é uma aplicação do método racionalista, cientifico, nasceu do método do indutivo-dedutivo empregado, na psicologia, experimental.
Entretanto a filosofia que se destaca de suas relações entretidas com o mundo espiritual, colocado sob a onipotência duma força inteligente e organizadora do Universo (Deus), mostra a independência absoluta do ser com o seu Criador e exige que as relações entretidas com tão nobres entidades do mundo superior sejam mantidas com uma deferência respeitosa que dá ao Espiritismo seu caráter religioso.
O método espírita não pode, todavia, ser taxado de misticismo, que é, em suma, a capitulação completa da razão diante de uma revelação de fonte transcendental.
A prática do misticismo reclama um preparo especial seguido por uma cultura religiosa apropriada e condições de meio que a nossa civilização trepidante não consente para grande maioria dos humanos.
Por esse fato, as práticas místicas, efetuadas com o fim orgulhoso de adquirir poderes e um desejo inconsiderado de conhecer, pode levar ao indivíduo muito presunçoso um desequilibro mental (loucura mística), causada pela ação sobre o ser humano, de forças obscuras que o invadem, por falta de controle de suas faculdades psíquicas desenvolvidas inconsideradamente.
***
Pesquisador: Instrue-te... Experimenta... Medita.... Ora...
José Lhomme
Vocábulo Espírita
Redigindo este vocabulário é nossa intenção dar a conhecer os principais vocábulos e neologismos freqüentemente empregados pelos autores espíritas e metapsiquistas, dando-lhe significação mais usada. Ele permitirá, esperamos, a leitura frutuosa das obras técnicas que tratam das faculdades supranormais.
A
Actínico: Que exerce uma ação química por meio de raios luminosos. Contrario: inactínico.
Agênere: Aparição materializada a ponto de iludir.
Agente: Pessoa que age, individuo ativo.
Anímico: Que tem relação com a alma.
Animismo: Estudo das manifestações da alma.
Aura: Emanação fluídica. Corpo astral ou perispirito irradiando do organismo humano sua irradiação.
Automatismo: Ato ou série de atos que se efetuam sob o impulso de uma vontade inconsciente.
Autonomia: Liberdade de agir por si mesmo.
Autocospia: Conhecimento supranormal que o indivíduo tem do seu próprio organismo.
Alucinação: Percepção falsa causada por uma sensação real em estado de vigília.
Assombração: Intrusão de uma entidade inferior consciente ou inconsciente servindo-se do fluido mediúnico com o fim de perturbar as pessoas que ele persegue.
B
Bilocação: Presença simultânea do indivíduo em dois lugares diferentes próximos ou longínquos.
Batedor: Qualidade de certos espíritos que revelam sua presença.
C
Clariudiência: Faculdade de ouvir a voz dos Espíritos.
Clarividência: Conhecimento supranormal de coisas realizadas ou para realizar. Sinônimo: Metagnomia.
Clarividente: Pessoa dotada da clarividência. Sinônimo: Metagnomo.
Correspondências cruzadas: Mensagens escritas em parte e sucessivamente por vários médiuns separados por uma longa distância.
Cristaloscopia: Faculdade de perceber imagens falsas ou verídicas pela fixação do olhar sobre uma superfície que tenha reflexos (bola de cristal, copo dágua, botão de metal etc.)
Cristestesia: Faculdade de perceber o que está fechado ao sentido ordinário.
Criptoscopia: Visão dos objetos através dos corpos opacos.
D
Desmaterialização: Passagem do estado visível ao estado invisível.
Desencarnado: O que deixa o corpo material.
E
Escrita direta: Escrita feita sem a intervenção dum encarnado pneumatografia.
Ectoplasma: Fluido humano (plasma) servindo as entidades para se materializar.
Eflúvio: Emanação fluídica.
Endoscopia: Faculdade de ver o interior dum corpo humano:
Entidade: Ser inteligente.
Erraticidade: Estado dos Espíritos errantes durante os intervalos das suas existências terrestres.
Espírito: Alma libertada do corpo terrestre.
Estado de relação: Laço que, liga uma pessoa a uma coisa que lhe pertence; ou duas pessoas entre si, cujos psiquismos estão de acordo. - Acordo vibratório de dois psiquismos.
Evocação: Ação de fazer reaparecer um ser desencarnado, pela prece ou pela evocação.
Encarnado: Que tomou um corpo carnal.
Espírita: O que tem relação com o Espiritismo. Partidário do Espiritismo.
Espiritismo: Doutrina filosófica, decorrente naturalmente do estudo comparado das manifestações físicas e intelectuais dos espíritos.
Espiritualismo: Crença na existência da alma espiritual e imaterial.
Estigma: Marca produzida no corpo e de origem psíquica.
F
Fantasma: Duplo dos vivos ou aparição materializada dum desencarnado.
Fascinação: Sedução produzida por um espírito com o fim de enganar.
Fluido: Matéria em estado invisível.
H
Hiperestesia: Faculdade de perceber sensações além dos sentidos ordinários.
Hipnótico: Que tem relação com a hipnose.
Hipnose: Sono provocado por meios artificiais.
Hipnoide: Que tem aparência da hipnose.
I
Identidade: Semelhança de circunstâncias que fazem com que uma pessoa é bem aquela pessoa determinada.
Ideoplastia: Moldagem da matéria viva, fluídica, pelo pensamento.
Inconsciente: Submissão a uma ação fora da atenção do Eu.
Inibição: Aresto total ou retardação um fenômeno biológico, em seguida a intervenção de uma causa estranha.
Inibitivo: Que provoca inibição.
Intuição: Conhecimento aproximativo da realidade sem o auxílio das percepções dos sentidos.
Invocação: Prece, apelo.
L
Levitação: Suspensão dum objeto ou duma pessoa no espaço por meio de forças mediúnicas.
Lucidez: Inteligência das causas e das conseqüências relativas aos fatos ela está ordinariamente aliada à clarividência.
M
Materialização: Formação material de um objeto ou de um ser.
Materialidade: Estado do que é material.
Mediunímico: Que se relaciona com a mediunidade. Medianímico.
Médium: Pessoa que pode servir de intermediária entre os espíritos e os homens.
Mediunidade: Faculdade dos médiuns.
Monoideísmo: Persistência de uma idéia com detrimento de outras.
O
Objetiva: Que tem uma origem exterior para o indivíduo.
Obsessão: Persistência de uma idéia (monoideísmo), ou de uma influência proveniente na ação direta de espíritos inferiores.
P
Percipiente: Pessoa que percebe um fenômeno (médium passivo).
Perispírito: Envólucro semimaterial do espírito. Serve de intermediário entre o espírito e a matéria.
Personalidade: Caráter próprio de cada pessoa.
Pneumatografia: Escrita direta dos espíritos.
Poltergeist: Alarido provocado por um espírito.
Possessão: Tomada de posse do corpo por um espírito estranho.
Premonição: Previsão; pressentimento; predicação; precognição.
Psicógrafo: Médium escrevente.
Psicometria: Pessoa sensitiva capaz ao contato de um ser, de relatar a história, no todo ou em parte.
Psicometria: Ação do psicómetra.
Psicofonia: Comunicação dos espíritos por médium falante.
Psiquismo: Reunião de faculdades da alma; teoria que trata da alma e suas manifestações.
Psíquico: Que tem relações com alma.
Psicologia: Parte da filosofia que trata da alma, de suas faculdades e suas manifestações.
R
Radioscopia: Percepção da radiação do corpo.
Radiestesia: Faculdade de perceber e de determinar as sensações provocadas pelas radiações dos corpos sobre o organismo humano.
Raps: batidos.
Reencarnação: Volta do espírito a vida corporal; pluralidade das existências.
S
Sensitivo: Ser muito impressionável cuja sensibilidade é muito desenvolvida.
Sonambulismo: Faculdade de se mover e de perceber durante o sono.
Sombra: Fantasma dos desencarnados.
Subconsciente: O EU provido de faculdades supranormais.
Subconsciência: Conjunto de faculdades supranormais.
Subjugação: Ação que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir contra a sua vontade. (Confunde-se ordinariamente com possessão).
Sugestão: Ação que faz nascer no indivíduo uma idéia que se impõe e determina atos conscientes ou inconscientes.
Subjetivo: O que se passa no individuo.
Sujet: Pessoa que se presta a experiências.
Superstição: Ação de dar a uma coisa uma significação exagerada de bem ou de mal.
T
Telekinesia: Movimento dos corpos.
Telekinético: Que tem relação com a telekinesia.
Telepatia: Comunicação psíquica duma pessoa com outra pessoa com ou sem contato.
Telestesia: Faculdade de perceber sensações à distância sem o recursos dos sentidos.
Transe: Estado especial do médium durante a comunicação espírita (estado Hipnoide).
Tiptologia: Comunicação por golpes batidos.
X
Xenoglossia: Faculdade de falar ou de escrever uma ou mais línguas estranhas durante o transe mediúnico.
Notas de Rodapé
(1) Stainton Moses: Ensinos Espiritualistas.
(2) Léon Denis. No Invisível – pg. 42 a 124.
(3) Léon Denis. No Invisível – pg. 73, 74 a 88. Allan Kardec. Livro dos Médiuns, 272.
(4) Allan Kardec. – Livro dos Médiuns, pág 272 (primeiras disposições a tomar, primeiros indícios). Léon Denis. No Invisível.
(5) Léon Denis. No Invisível - Allan Kardec. - Livro dos Médiuns.
(6) Gustave Geley. Ectoplasmie e Clairvoyance, pág. 439.
(7) Léon Denis. No Invisível, Gustave Geley. Ectoplasmie e Clairvoyance, pág. 23.
(8) Ver controle da sessão psicológica.
(9) Allan Kardec. Livro dos Médiuns.
(10) Léon Denis. No Invisível, pág 11.
(11) Stainton Moses: Ensinos Espiritualistas, Allan Kardec. – Livro dos Médiuns, pág 69.
(12) Allan Kardec. Livro dos Médiuns, p.78.
(13) Allan Kardec. Livro dos Médiuns.
(14) Gustave Geley. Ectoplasmie e Clairvoyance, pág.12, 13, 14, 15, 16, e 198.
(15) Gustave Geley. Ectoplasmie e Clairvoyance, pág.12 a 16 e 198.
(16) Gustave Geley. Ectoplasmie e Clairvoyance, pág 2 e 3.
(17) Gustave Geley. Ectoplasmie e Clairvoyance, pág 7.
(18) Léon Denis. No Invisível - Allan Kardec. - Livro dos Médiuns.
(19) Allan Kardec. Livro dos Médiuns.
(20) Allan Kardec. Livro dos Médiuns, p.105.
(21) Allan Kardec. Livro dos Médiuns, p.136.
(22) Gustave Geley. Ectoplasmie e Clairvoyance, pág 322.
(23) Gustave Geley. Ectoplasmie e Clairvoyance, pág 24, 25.
(24) Allan Kardec. Livro dos Médiuns, Léon Denis. No Invisível, pág 493, Gustave Geley. Ectoplasmie e Clairvoyance, pág 16, 17, 197, 305 e 421.
(25) Ver Revue Metapsychique, Paris, março 1927.
(26) Gustave Geley. Ectoplasmie e Clairvoyance, pág 240.
(27) Gustave Geley. Ectoplasmie e Clairvoyance, pág 197 a 305.
(28) Gustave Geley. Ectoplasmie e Clairvoyance, pág 305. (Manifesto dos trinta e quatro).
(29) Léon Denis. No Invisível, pág 114.
(30) Nota do T – Pode-se usar magnesium em pó que é mais fácil obter.
(31) Allan Kardec. Livro dos Médiuns, Gustave Geley. Ectoplasmie e Clairvoyance, pág 198 a 205.
(32) Allan Kardec. Livro dos Médiuns, Gustave Geley. Ectoplasmie e Clairvoyance, pág 198 a 205.
(33) Allan Kardec. Livro dos Médiuns.
(34) Allan Kardec. Idem.
(35) Allan Kardec. Livro dos Médiuns.
(36) Allan Kardec. Livro dos Médiuns.
(37) Allan Kardec. Livro dos Médiuns.
(38) Allan Kardec. Livro dos Médiuns.
(39) Allan Kardec. Livro dos Médiuns.
(40) Allan Kardec. Livro dos Médiuns. Ernesto Bozanno, A propósito da Metapsychica Humana.
(41) Allan Kardec. Livro dos Médiuns. Léon Denis. No Invisível.
(42) Léon Denis. No Invisível, pág 472 a 478.
(43) Allan Kardec. Livro dos Médiuns.
(44) Léon Denis. No Invisível.
(45) Allan Kardec. Livro dos Médiuns.
(46) Léon Denis. No Invisível.
(47) Léon Denis. No Invisível, Coleção de preces espíritas - Le Phare. Nota da tradutora. Existem coleções de preces Espíritas. compiladas do Evangelho Segundo Espiritismo, edição de - O Clarim.
(48) Léon Denis. No Invisível.
(49) Léon Denis. No Invisível. Allan Kardec. Livro dos Médiuns.
(50) Léon Denis. No Invisível. Allan Kardec. Livro dos Médiuns.
(51) Léon Denis. No Invisível.
(52) Allan Kardec. Livro dos Médiuns. Léon Denis. No Invisível.
(53) Allan Kardec. Livro dos Médiuns.
(54) Léon Denis. No Invisível.
(55) Allan Kardec. Livro dos Médiuns.
(56) Léon Denis. No Invisível.
(57) Léon Denis. No Invisível.
(59) N. do T. – O autor fala das sessões públicas de comunicações; as chamadas sessões práticas.
(60) N. do T. – As sessões de comunicação devem efetuar com o menos possível. As sessões de palestras, evangelização, exposição da doutrina, ao contrário, devem ser públicas e procurar reunir-se o maior número possível.
(61) Ver sessão de demonstração, pág 69.
(62) Allan Kardec. Livro dos Espíritos.
(63) Ver sessão psicológica controle p. 57. Léon Denis. No Invisível.
Fim
Agora v.c. ficou um pouco mais sábio!!!
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